ACIDENTES DE TRÂNSITO EM MATO GROSSO: COMPARAÇÃO ENTRE INDÍGENAS E NÃO-INDÍGENAS (2007-2022)

  • Mario Ribeiro Alves UFMT
Palavras-chave: Acidentes de Trânsito, Indígenas, Epidemiologia, Análise Espacial

Resumo

Introdução: Cerca de 1,35 milhão de pessoas morrem anualmente por acidentes de trânsito. Em muitas das ocorrências, há lesões que acarretam perdas econômicas aos indivíduos e suas famílias. No Brasil, 17% das 37 mil mortes por acidentes de trânsito em 2016 ocorreram em rodovias federais, sendo agravos que estão relacionados à situação da rodovia e comportamentos de risco. Objetivo: Este trabalho buscou analisar e comparar as características sociodemográficas e a distribuição espacial dos acidentes de trânsito em populações indígenas e não-indígenas em Mato Grosso, de 2007 a 2022. Método: Estudo descritivo e ecológico, com registros de internações por acidentes de trânsito. Foi calculada taxa média de acidentes de trânsito a partir da soma de todas as taxas anuais dividida por 15 (quantidade de anos do período de estudo). Foram confeccionados mapa de quartis para taxas médias, mapa de razão das taxas médias e mapa de aglomerados por método de K-médias. Resultados: Foram observados 50.289 registros durante o período de estudo, sendo 160 (0,32%) em indígenas e 50.129 (99,68%) em não-indígenas. Foram registrados 7.323 registros em brancos (representando 14,56% do total) e a maior parte dos registros corresponderam a acidentes em motociclistas. Os mapas demonstraram maiores taxas em municípios próximos a rodovias federais. Conclusão: Apesar da inconstância dos dados em relação à categoria cor/raça, observaram-se municípios com maior quantidade de casos em indígenas. A relação entre maiores taxas e rodovias federais é uma informação que pode fortalecer medidas preventivas.

Publicado
2022-08-01