ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DE TEMPEROS ÁRABES

  • Viniccius Siva de Almeida UNESP/IBILCE
  • Fernanda Colosio Calil
  • Mairto Roberis Geromel
  • Maria Luiza Silva Fazio
Palavras-chave: atividade antimicrobiana, temperos árabes, microrganismos

Resumo

No século XIX, a cozinha árabe chega ao Brasil por meio dos imigrantes Sírios e Libaneses. A população árabe possui uma imensurável força cultural e um grande apreço. Nos dias de hoje, os temperos árabes são utilizados na cozinha tradicional dessa população e também passaram por adaptações em receitas locais e dos países onde eles se mudaram. Esse estudo avaliou a ação antimicrobiana dos extratos aquosos de temperos árabes Zaatar (ZA), Pimenta Síria (PS), Mahleb (MA), Pistache (PI) e Snobar (SN), e também suas combinações. As amostras foram impregnadas em discos de papel filtro de 6 mm de diâmetro, próprios para antibiograma, colocados em placas de Petri com meio de cultura apropriado, semeado previamente com os seguintes microrganismos: Bacillus cereus, Bacillus subtilis, Escherichia coli, Salmonella Typhimurium, Salmonella Enteritidis e Staphylococcus aureus, posteriormente incubadas a 35 °C/ 24 – 48 horas. A ação antimicrobiana foi considerada eficaz para aqueles que apresentaram halos iguais ou superiores a 10 mm. Os extratos dos temperos demonstraram eficiência e podemos destacar o Zaatar, o qual inibiu o maior número de bactérias isoladamente e também combinado com outros temperos. A bactéria S. aureus foi inibida pelo maior número de extratos. As melhores ações inibitórias foram constatadas para os extratos ZA+SN e ZA+MA sobre S. Typhimurium e S. aureus, respectivamente (halos de 17 mm). Os microrganismos Bacilus cereus e Bacilus subtilis não foram inibidas de forma eficiente quando testadas com extratos puros. As combinações SN+PS, SN+MA, PS+PI e MA+PI, não apresentaram nenhuma ação antibacteriana.

Publicado
2021-07-13