POTENCIAL ANTIBACTERIANO DE MEL IN NATURA, PRODUZIDO POR APPIS MELLIFERA E TETRAGONISCA ANGUSTULA, E PRÓPOLIS COMERCIAL

  • Maria Luiza Silva Fazio IMES-CATANDUVA
  • Larissa Gonsales Paulino IMES Catanduva
  • Mairto Roberis Geromel
Palavras-chave: atividade antimicrobiana, mel, própolis, Tetragonisca angustula, Apis mellifera

Resumo

O mel é um produto natural de grande valor, contém açúcares, água, sais minerais, pequenas quantidades de
vitaminas e outros nutrientes. É produzido pelas abelhas que colhem e transformam o néctar, um líquido
açucarado encontrado nas flores. Esse líquido, após algumas transformações, é depositado nos alvéolos dos
favos, onde o mel amadurece, ou seja, fica pronto para o consumo. Nesse ponto, as abelhas tampam os
alvéolos com uma fina camada de cera para que o mel fique protegido até que seja usado como alimento. A
própolis é produzida quando as abelhas misturam a cera com a resina das plantas, a qual é retirada dos
botões das flores, das gemas e dos cortes nas cascas. É usada pelas abelhas para manter a colmeia livre de
doenças e para fechar as frestas e a entrada do ninho. Atualmente, a própolis é usada principalmente pelas
indústrias de produtos de beleza e de remédios por apresentar efeitos cicatrizantes; sendo considerada um
antibiótico natural. O estudo avaliou a atividade antimicrobiana de duas amostras de mel produzidas por
Apis mellifera (M.1RE e M.2IE) e duas por Tetragonisca angustula (M.2IJ e M.3DJ), in natura; assim como
de quatro amostras de própolis industrializadas; sendo as aquosas, P.P.S/A e P.B.S/A e as alcoólicas, P.V e
P.Z. As amostras foram impregnadas em discos de papel filtro de 6 mm de diâmetro, próprios para
antibiograma, colocados em placas de Petri com meio de cultura apropriado, semeado previamente com os
seguintes microrganismos: Bacillus cereus, Bacillus subtilis, Escherichia coli, Salmonella Typhimurium,
Salmonella Enteritidis e Staphylococcus aureus, posteriormente incubadas a 35 °C/ 24 – 48 horas. A ação
antimicrobiana foi considerada eficaz para aqueles que apresentaram halos iguais ou superiores a 10 mm. As
amostras de méis tiveram resultados eficientes, porém não contra a bactéria S. aureus. O melhor resultado
obtido foi para a amostra M.2IE frente a bactéria S. Enteritidis com halo de inibição de 18 mm. S. aureus foi
inibida de maneira eficaz pelas amostras P.P.S/A e P.B.S/A ambas com halo de 30 mm. Os melhores
resultados foram observados para as amostras aquosas de própolis, P.P.S/A e P.B.S/A, as quais inibiram
eficientemente todas as bactérias testadas, principalmente S. aureus.

Publicado
2020-02-15