Professora e ex-aluna do Imes publicam, em revista, estudo sobre tratamento fitoterápico

 
     
  16/04/2013
Trabalho foi desenvolvido nos laboratórios do Imes Catanduva

A professora de Bioquímica do Imes Catanduva Giselda Pereira da Silva Rodrigues e a bióloga Eliane de Aguiar von Glehn, ex-aluna do curso de Ciências Biológicas da faculdade, realizaram um trabalho prático nos laboratórios da instituição cujo material de estudo foi publicado na Revista Brasileira de Plantas Medicinais (Botucatu, v.14, n.3, p.435-438, 2012). O trabalho envolve um tratamento fitoterápico para combater a candidíase vaginal e tem, como título, “Antifungigrama para comprovar potencial de ação dos extratos vegetais hidroglicólicos sobre Candida sp. (Berkhout)”.
De acordo com a professora Giselda, a candidíase vaginal é uma doença causada, na maioria das vezes, pelo fungo do gênero Candida sp., que habita o trato gastrintestinal e geniturinário da espécie humana e pode tornar-se patogênico sob determinadas condições. “A maioria dos indivíduos desenvolve defesas imunológicas que impedem a proliferação e o desenvolvimento de candidíase localizada ou disseminada. Embora a causa exata do aumento de espécies não-albicans seja desconhecida, há evidências de que a própria terapia antifúngica possa estar contribuindo”.
Ainda segundo a professora e pesquisadora, linhagens de C. glabrata são mais resistentes aos imidazólicos do que a C. albicans, sendo necessária uma concentração 10 vezes superior de miconazol para eliminar a C. glabrata quando comparada a C. albicans. Foi realizado um antifungigrama testando o potencial de ação de produtos vegetais sobre o fungo Candida sp. “Durante a pesquisa foi observado que ocorreu inibição do fungo no contato com os extratos hidroglicólicos das plantas Arctium lappa L., Calendula officinalis L., Stryphnodendron adstringens (Mart.) Coville e Tabebuia avellanedae L.G.. A importância deste trabalho reside na possibilidade de desenvolvimento de um tratamento complementar, menos agressivo, de menor custo e sem toxidade, o que possibilitaria melhor qualidade de vida para portadoras de candidíase vaginal recorrente ou não”, finaliza Giselda.