Estudantes de Psicologia participam de Mesa Redonda sobre práticas antimanicomiais

 
     
  03/04/2017
Mesa redonda foi realizada no dia 15 de março


Alunos do 5ª ano de Psicologia, juntamente com ex-alunos do Imes Catanduva, formados em 2016, participaram da “Mesa Redonda sobre os avanços e retrocessos nas práticas antimanicomiais”, no dia 15 de Março, evento organizado por estudantes da Liga de Neuropsiquiatria, do curso de Medicina da Fameca.
A mesa foi composta pelos psicólogos Lígia Rodrigues e Alexandre Céspedes, ex-professores do Imes, pelo psiquiatra Gerardo M. A. Filho e pela terapeuta ocupacional Carolina Sofia Machado.
“O debate teve início com um vídeo sobre o hospital psiquiátrico Juquery, que foi considerado um dos maiores do Brasil, fundado na cidade Franco da Rocha, e tem uma história (velada) de maus tratos, mortes e torturas. Em seguida os psicólogos da mesa falaram sobre o Movimento Antimanicomial, que teve início na década de 70, acerca das características da assistência psiquiátrica que eram oferecidas nos manicômios”, comentou Roberta D’Avanzo, aluna do curso de Psicologia do Imes Catanduva.
Os psicólogos da mesa também explicaram sobre a criação da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), que estabelece atendimento de pessoas com problemas mentais. “A Rede integra o Sistema Único de Saúde (SUS) e dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), onde presta atendimento em saúde mental. A partir desses assuntos foram feitas perguntas sobre os avanços e retrocessos nas práticas antimanicomiais, no qual os alunos foram participativos, questionando as respostas dos componentes da mesa, e tomando posturas de que tipos de profissionais irão ser, uma vez que a mesa expôs um sistema, ainda, falho na formação de profissionais da área”, finalizou a aluna Roberta.
“Essa temática foi importante, pois se constitui num instrumento de reflexão para os profissionais da área de humanas a cerca dos desafios impostos por uma sociedade contemporânea na qual caminha rumo as transformação, estudos, conceitos e práticas sobre a saúde mental compotas por diferentes grupos sociais, políticos, econômicos e éticos. Devemos reconhecer que não basta mudar a nomenclatura e leis, mas sim o nosso olhar para essas pessoas que necessitam de tratamento mental, assim evitando o sofrimento humano, exclusão e a perda de direitos fundamentais a vida”, comentou a aluna de Psicologia do Imes Ana Carolina Maia, finalizando com uma frase de Carl Jung “Conheça todas as teorias, domine todas as técnicas, mas ao tocar uma alma humana, seja apenas outra alma humana”.