Alunas de Psicologia lançam na rede social artigos informativos

 
     
  27/03/2017
Trabalhos circularam pela rede social no dia 21 de março


Um grupo de alunas do 5º ano de Psicologia do Imes Catanduva lançou, no dia 21 de março, dois artigos informativos na rede social como forma de pesquisar assuntos relevantes estudados em sala de aula e também para incentivar outros universitários a desenvolver pesquisas e trabalhos extracurriculares.
Letícia da Costa Nunes, Michele Pereira da Silva e Tatiana Lamanna Lopes desenvolveram estudos para refletir sobre duas datas comemoradas em 21 de março: o “Dia Internacional Contra a Discriminação Racial” e o “Dia Internacional da Síndrome de Down”. Abaixo seguem os artigos e em anexo a publicação das estudantes do Imes.


Dia Internacional Contra a Discriminação Racial
21 de março

No dia 21 de março de 1960, na cidade de Joanesburgo, na África do Sul, 20 mil negros protestavam contra a lei do passe, que os obrigava a portar cartões de identificação, especificando os locais por onde eles podiam circular, mas, a meio do protesto, se depararam com tropas do exército onde estes, atiraram sobre a multidão, matando 69 pessoas e ferindo outras 186 ficando conhecida como o Massacre de Shaperville. Em memória à fatalidade, a ONU – Organização das Nações Unidas – instituiu 21 de março como o Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial.
Como uma pessoa que sofre o preconceito vive?
Em tempos que cada um parece viver sozinho fica difícil imaginar o sofrimento do outro, as angústias do outro, mas, enquanto ser humano, pessoas dotadas de linguagem e raciocínio, precisamos recuperar o sentimento pelo nosso semelhante.
Como a Psicologia pode intervir uma vez que o desrespeito pode afetar profundamente o outro e a sua subjetividade?
A Psicologia deve permanecer em defesa da sociedade e pensando nisso, lança campanhas voltadas para questões como o preconceito racial com o objetivo de reflexão onde existem pessoas em nossa sociedade, que se sentem humilhadas e este sentimento causa muito sofrimento.
É um assunto muito conhecido, porém pouco discutido uma vez que, no senso comum, o temos como natural, mas, não é nada natural não sentir empatia pela angústia do outro, não é nada natural não termos o respeito adequado com o outro, não é nada natural nos acostumarmos com essa agressão que pode não ficar tão somente no verbal.
Em uma entrevista, Valter da Mata, integrante da Comissão de Direitos Humanos do CFP, fala sobre os impactos do racismo na vida psíquica dos indivíduos e os desafios da Psicologia para enfrentar o tema. Comenta ainda que seja preciso investir mais na formação de psicólogos (as) negros (as), além de assegurar a abordagem do assunto nas grades curriculares.
O importante é saber respeitar o outro porque somos de fato, todos iguais, não existe ao fim, a cor, a religião, raça que nos difiram.

Referências

http://www2.portoalegre.rs.gov.br/pwdtcomemorativas/default.php?reg=3&p_secao=59 Acesso em 09 de fevereiro de 2017;

http://www.crpsp.org.br/portal/comunicacao/cadernos_tematicos/1/frames/caderno_01_psicologia_e_preconceito_racial.pdf Acesso em 09 de fevereiro de 2017;

http://www.crpsp.org.br/portal/comunicacao/cadernos_tematicos/1/frames/caderno_01_psicologia_e_preconceito_racial.pdf Acesso em 10 de fevereiro de 2017;

http://site.cfp.org.br/o-racismo-e-sim-promotor-de-sofrimento-psiquico/ Acessado em 10 de fevereiro de 2017.


Dia Internacional da Síndrome de Down
21 de março

No dia 21 de Março é comemorado oficialmente o Dia Internacional da Síndrome de Down e desde 2006, é amplamente divulgado, e tem por finalidade dar visibilidade ao tema, reduzindo a origem do preconceito, que é a falta de informação correta, em outras palavras, combater o “mito” que teima em transformar uma “diferença” em um rótulo, em uma sociedade cada vez mais sem tempo, sensibilidade ou paciência para aquilo que não é igual. A Síndrome de Down não é uma doença, é uma alteração genética também conhecida como Trissomia 21, justamente porque ao invés dos 23 pares de cromossomos, no par 21 existem três cromossomos assim como existem outras trissomias (18 – Síndrome de Edward, 13 – Síndrome de Patau, 8 – Síndrome de Warkany, entre outras). Podem ocorrer com qualquer pessoa, acontecendo em média um caso a cada 800 nascimentos e a chegada de uma criança com qualquer tipo de deficiência é um acontecimento inesperado que mobiliza a família e a equipe hospitalar causando nestes profissionais da saúde sentimentos de ansiedade, desconforto e impotência. Ao contrario do que se pensava anteriormente, não existem níveis de Síndrome de Down, o que acontece é que as pessoas têm desenvolvimento diferenciado e é comum acontecerem associações como o déficit de atenção, distúrbios de conduta entre outros, o que faz com que algumas pessoas atinjam um nível maior de desenvolvimento e autonomia. O trabalho do psicólogo é importantíssimo para as intervenções e informações, não ficando presas as questões da criança, seu desenvolvimento, dificuldades ou questões escolares. O foco do processo terapêutico deve respeitar o momento da criança, da família uma vez que este profissional vai lidar com sentimentos e situações conflituosas, sobretudo, no momento do nascimento, atuando de forma interdisciplinar proporcionando acolhimento e aconselhamento aos pais, ajudando-os nas dúvidas.

Referências

http://www2.pucpr.br/reol/pb/index.php/pa?dd1=445&dd99=view&dd98=pb Acesso em 13 de março de 2017;

http://www.movimentodown.org.br/2015/03/21-de-marco-dia-internacional-da-sindrome-de-down/ Acesso em 14 de março de 2017;

http://www.mackenzie.br/fileadmin/PUBLIC/UP_MACKENZIE/servicos_educacionais/stricto_sensu/Disturbios_Desenvolvimento/Cadernos_2013_vol_2/5_Perspectivas_de_atuacao_do_psicologo_hospitalar.pdf Acesso em 19 de março de 2017.